O combate ao mosquito Aedes aegypti virou caso de polícia em Guararapes (SP) depois que moradores não deixaram os agentes de saúde entrarem em suas casas para fazer nebulização

Combate ao mosquito Aedes aegypti vira caso de polícia em Guararapes

Moradores impedem entrada de agentes para fazer nebulização nas residências. Desde o início do ano, mais de 100 termos de responsabilidade foram preenchidos e enviados para delegacia.

Por G1 Rio Preto e Araçatuba

Combate ao mosquito da dengue vira caso de polícia em Guararapes
TEM Notícias 2ª Edição – Rio Preto/Araçatuba



Combate ao mosquito da dengue vira caso de polícia em Guararapes



. Quando o morador não deixa, ele assina um termo de responsabilidade entregue pelo agente.


Segunda a chefe da Vigilância Epidemiológica Carla Pitoria, a prefeitura resolveu criar o termo de responsabilidade porque os números de recusas para a entrada das equipes são altos, o que atrapalha a efetividade da ação.


Desde o início do ano, mais de 100 termos foram preenchidos e enviados para a delegacia.


“Esse aumento nos casos de dengue, não só em Guararapes, mas em toda região, preocupou muito a gente, por isso decidimos fazer alguma coisa. Tomamos essa atitude pelo número muito alto de recusas para entrar nas casas”, afirma.


Moradores que não permitem nebulização em imóveis de Guararapes (SP) devem preencher termo de recusa — Foto: Reprodução/TV TEM


O termo assinado pelos moradores, segundo a prefeitura, é baseado no artigo 268 do Código Penal, que fala sobre infração de medida sanitária preventiva. O Art. 268 diz que "Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: pena - detenção, de um mês a um ano, e multa".


“A pessoa será notificada a dar declarações na delegacia, será instaurado termo circunstanciado e depois vai para o Ministério Público, que vai denunciar ou não. A pessoa pode pagar uma pena em dinheiro, ou uma pena como trabalho comunitário, mas isso vai depender do MP”, afirma o delegado Juliano Goes.


Os moradores recusam os agentes alegando ter idosos e crianças em casas, ou então que a nebulização pode fazer mal aos animais de estimação.


“O agente orienta para tirarem idosos e crianças de casa. O veneno não mata, o que mata é a dengue. Essa recusa afeta o trabalho. O pernilongo está dentro da casa, o veneno só mata o pernilongo que voa naquela hora. Com isso ele pode continuar vivo, pica a pessoa doente e depois pica a pessoa sadia”, diz a chefe da vigilância.


Agente faz a nebulização de imóvel em Guararapes — Foto: Reprodução/TV TEM


Veja fonte: G1 Rio Preto e Araçatuba

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