Foto: Daimar Korndörfer Coelho — em Praça da Alfândega. |
Um dos piores que já presenciei, Porto Alegre, Rio Grande do Sul
O terror chegou por volta das 16h.
No começo, todos tirando foto das nuvens que vinham "rolando" por cima do Guaiba, mesma célula de tempestade que passou por Montenegro, ganhando força ao atingir o Centro Histórico de Porto Alegre.
Nos minutos seguintes, aquilo que era alegria começou a ficar mais sério, e o vento aumentando, e a chuva já era torrencial - e o vento aumentando - até que as janelas começaram a vibrar (tipo terremoto mesmo).
O vento berrava! Nesse momento não se enxergava mais um palmo em frente a janela. Falei para todos se afastarem imediadamente das janelas, pois estava certo que iriam estourar.
As janelas "vinham e voltavam". Em andares de cima estouraram, outras foram arrancadas inteiras. Algumas pessoas feridas...
Passada a parte mais assustadora, vi algo que nunca havia presenciado.
Foto: Daimar Korndörfer Coelho — em Praça da Alfândega. |
Elas vinham, tocadas pelo vento, em "câmera lenta" de um lado para o outro e DE BAIXO PARA CIMA.
Infelizmente, os riscos daquele momento não me deixavam tirar o celular do bolso para conseguir registrar o que estou falando.
Só sei que foi algo único, inesquecível...
Ao sair na rua: alagamentos, muitos galhos enormes caídos, algumas árvores também, destelhamentos e muito caco de vidro no chão.
(Daimar K. Coelho - Caçador de Tempestades - Observador Meteorológico - Porto Alegre-RS - 09/02/2018)
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Minha opinião é de que ocorreu um DOWNBURST/MICROBURST (quando a nuvem de tempestade literalmente explode sobre o solo em ponto específico) hoje no Centro de Porto Alegre às 16h.
Com certeza, nesse ponto da Capital, estimo vento de 100 km/h ou mais (o aeroporto, longe dali, registrou 80 km/h).
Mas deixo para as autoridades/empresas competentes confirmarem o que EU presenciei.
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