Crônica de um Jornalista - Castilho Paraíso do Pescador -



Fátima acerta o caminho no relacionamento com a mídia

A prefeita Fátima Nascimento está criando pela primeira vez na Prefeitura, uma assessoria de imprensa. Até as gestões anteriores, esse cargo se limitava a fazer matérias e encaminhar para os jornais, rádios, tevês, sites, blogs e tudo mais. Agora não, o jornalista faz de fato a assessoria para seus colegas. Sua função como o próprio nome diz, é dar suporte aos jornalistas profissionais que buscam informações para suas reportagens. E tem mais valor aos olhos do executivo quem faz belas pautas por livre iniciativa.
O assessor, portanto, também cuida de lutar pela verba justa na comunicação social e fiscaliza o trabalho da Agência contratada por licitação. Aliás esse processo é o correto e indicado pelo Tribunal de Contas porque amplia o alcance da campanha pública, e não comete exageros porque o valor é a média mínima dos veículos de divulgação e ninguém ganha mais ou menos que o outro em termos de valor do tempo ou do espaço.
Em Castilho eu produzi uma matéria polêmica sobre as estradas vicinais, ouvindo os usuários e empresários. O assessor de imprensa tomou conhecimento dos fatos, antes da publicação e no momento oportuno agendou a entrevista com a prefeita, que somente no facebook do jornal Noroeste Rural, alcançou mais de 4 mil pessoas em 24 horas pós postagem.
O jornalista teve liberdade para levantar a pauta e a prefeita, não se omitiu ao assunto polêmico em que era cobrada e informou como estava sendo providenciada a solução daquele problema. Com isso ganhou a administração porque a palavra da prefeita é muito mais ouvida quando ela vai ao encontro daquilo que a sociedade quer saber ou cobra; e valorizou o jornalista que levantou a matéria.
Por esse motivo quero dar os parabéns à prefeita Fátima que trilha pelos caminhos de uma assessoria de fato para a imprensa. E consideramos que compete ao proprietário da empresa, escolher e arcar com a linha editorial que pretende empreender. Ele terá os olhos dos demais meios de comunicação e o público leitor que vai observando se, o conteúdo de fato é importante e tem novidade com verdade ou se tudo vai depender apenas da fatura.
Tivemos conhecimento de que a prefeita também irá acabar com essa história de publicar atos oficiais em jornal impresso. O Tribunal de Contas considera mais econômico e abrangente a edição eletrônica semanal, para os pequenos municípios. Ilha Solteira já faz isso há quase uma década. Com isso a prefeitura vai economizar uma grana. Hoje o jornal O Liberal, do grupo SRC- Sistema Regional de Comunicação, presidido por Nivaldo Franco Bueno, é o vencedor da licitação. Mas, segundo fomos informados o contrato não deverá ser renovado porque a Prefeitura já prepara a edição de um informativo eletrônico municipal que deverá ser 90% mais barato.
Em Ilha Solteira a Prefeitura optou por não ter uma agência de propaganda. E fez errado porque licitou pelo menor preço do veículo. Ou seja, ganha apenas um veículo de comunicação de cada meio, impressão e rádio. A rádio não tem concorrência, mas jornais existem vários. E quem ganhou? O jornal da oposição que deu o menor preço. Não foi o menor preço, na verdade foi uma concorrência predatória, prevista na Constituição e condenada porque ela apresenta um preço simplesmente inexequível. E os resultados foram dois: a Prefeitura não cumpriu o objeto da licitação que era fazer campanhas publicitárias de saúde, educação e outras e chegando a um número máximo de habitantes. E o único jornal vencedor, não deu conta de cumprir com as obrigações e o contrato foi cancelado.


 Fonte: Antônio José do Carmo





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